Roberto Alban Galeria

Artistas Artista

Fabiana de Barros

São Paulo, 1957
Vive e trabalha em São Paulo, Brasil e Genebra, Suíça

https://fabmic.ch/

Após formação na Escola Técnica do Iadê, em São Paulo (1975-1978), Fabiana de Barros prossegue os seus estudos artísticos na Faculdade de Artes Plásticas Armando Alvares Penteado - FAAP (1979-1983), e no mesmo período estuda pintura com Antônio Carelli.
Em 1977, a artista descobre os negativos das Fotoformas de seu pai na casa de sua família e passa a fazer uma revisão dessas imagens com ele. Trabalhou, desde 1979, como assistente de Geraldo no desenvolvimento de uma série de pinturas baseadas nos fundamentos de suas obras de arte concreta que remontam à década de 1950.
Em 1985, deixa o Brasil com uma bolsa de estudos e se muda para Genebra, Suíça. Lá conclui, em 1991, uma pós-graduação orientada pela artista Carmen Perrin, na École Supérieure d'Arts Visuels (atual HEAD). Fabiana passa a se dedicar à escultura, ampliando seu trabalho para instalações, e se envolvendo com arte pública, onde estabelece redes que levam a obras que se nutrem de dinâmicas sociais e contextuais. Em 1987, Fabiana realiza sua primeira exposição individual em Genebra, na galeria Care/Off, e em 1988, no MASP, com a série de pinturas Tours du Monde.
Em 1991, a artista conhece o cineasta suíço Michel Favre. Juntos criam trabalhos que combinam figuração e rigor conceitual. Com essas obras participam da XX Biwako Biennal, no Japão (2010), do Festival Eternal Tour (2012) e da mostra "Imaterialidade” (2015), ambos em unidades do Sesc em São Paulo.
Em 1994, Fabiana apresenta o trabalho Agência de Viagens Aller-Re/Tour no Museu de Arte Contemporânea de São Paulo (MAC - SP) – uma instalação fechada no centro do museu, onde a artista recebia os visitantes oferecendo-lhes uma viagem imaginária baseada em desenhos e pinturas. Nasce, então, uma nova etapa da sua produção, que resulta do seu desejo de privilegiar o contato humano em vez da materialidade do objeto artístico.
Em 1998, durante uma residência em João Pessoa, na Paraíba, Fabiana cria o Fiteiro Cultural – um quiosque de madeira que se abre nos quatro lados e funciona como um centro cultural itinerante, respondendo às necessidades e desejos da comunidade local. O trabalho é, então, escultura, construção arquitetônica e espaço sócio-artístico utópico, tudo ao mesmo tempo. A convite de curadores internacionais como Adelina von Fürstenberg e Antonio Zaya, o Fiteiro Cultural é instalado em mais de 20 países diferentes e participa de várias exposições internacionais como U-topics 11th Swiss Sculpture Exhibition (2009); Mira como se mueven, Fundación Telefônica, Madri (2005); Going Public '05, New Contemporary Art Center, Larissa (2005); 8ª Bienal de La Havana, Cuba (2003); 25ª Bienal Internacional de São Paulo (2002) e Festival Eternal Tour, Palestina (2011). Ele se estende, também, para a plataforma digital Second Life (7º Bienal do Mercosul - "Projetáveis"), obtendo o prêmio Interactivos?'10: Ciencia de Barrio, no MediaLab Prado, Madrid (2010).
Fabiana reivindica, desde 2015, a autonomia do Fiteiro Cultural – e desconstrói suas linhas na forma de moldes e baixos-relevos de resina. Em 2017, o trabalho é apresentado na exposição retrospectiva "Mais é igual a menos (+=-) - 18 anos do Fiteiro Cultural", no Sesc Pompéia, em São Paulo, quando também se lança um livro a seu respeito.
Desde 1996, ela e Michel Favre organizam o arquivo da obra de Geraldo de Barros. Essa atividade leva a colaborações com várias instituições, entre elas MoMA, NY; Centre Georges Pompidou, Paris; Institut Paul Klee, Berna; Tate Modern, Londres; Musée de l'Elysée, Lausanne; Sesc de São Paulo e Instituto Moreira Salles, Rio de Janeiro. Em 2013, Fabiana publica o livro Geraldo de Barros: Isso.
Desde 2014 é coeditora da coleção "Arte, Trabalho e Ideal", que publica livros de entrevistas com artistas contemporâneos pela Edições Sesc São Paulo.

 

×
×