Em sua juventude, trabalhou como publicitário vendendo anúncios para o jornal Diário de Notícias, ocasião na qual, em 1927, adquire uma câmera fotográfica VAG 9x12cm (de negativo tamanho 9 x 12 cm) e inicia suas primeiras experimentações fotografando sua família e, segundo declaração do próprio Voltaire, “paisagens pitorescas”. Sua primeira fotografia data daqueles anos do final da década de 1920: uma velha cabana de pescadores na rua Fonte do Boi, no Rio Vermelho.
Ele apuraria seu conhecimento técnico frequentando a Fotografia Moderna, onde Emilio Zolar Fernandes era ajudante de laboratório e espaço que congregava interessados em fotografia e profissionais. Ainda atuando amadoristicamente, em 1930 ele encaminhou fotos das obras urbanas da Colina do Bonfim, de praias pitorescas e ruas da cidade para o Rio de Janeiro. Resultou em publicação na revista O Cruzeiro.
Criterioso por qualidade e insatisfeito com as ampliações feitas por laboratórios comerciais da época, ele monta o seu próprio laboratório em sua residência, empreendimento que contou com dicas do amigo laboratorista Emilio Zolar Fernandes.
Realizou, em vida, somente uma exposição individual em Salvador, em 1999, na qual mostrou 30 trabalhos; esta mostra foi organizada pela fotógrafa Célia Aguiar, na Galeria Pierre Verger, espaço pertencente à Fundação Cultural do Estado da Bahia, localizado nos Barris. Em 2008, a Pinacoteca do Estado de São Paulo dedica-lhe uma retrospectiva, curada por Diógenes Moura.
Em 2017/2018 uma das suas fotografias é selecionada para participar da exposição coletiva Axé Bahia –The Power of Art in an Afro Brazilian Metropolis no “The Fowler Museum of UCLA” /EUA. Sua participação mais recente foi a exposição coletiva Raio-que-o-parta: ficções do moderno no Brasil. Curadoria: Aldrin Figueiredo, Clarissa Diniz, Divino Sobral, Marcelo Campos, Paula Ramos e Raphael Fonseca. No SESC 24 de Maio, São Paulo- SP em 2022.