Roberto Alban Galeria

Aproximações contemporâneas

Coletiva

Exposição18/Abril até 31/Maio, 2013

Salvador ganha espaço dedicado à arte contemporânea

Instalada em uma casa de 1.500 metros quadrados, projetada especialmente para abrigar exposições de arte contemporânea, Roberto Alban Galeria de Arte abre no dia 18 de abril com a mostra “Aproximações contemporâneas”, com obras de nove artistas

Abertura: 18 de abril de 2013, às 20h Até 01 de junho de 2013

Fundada em 1989, em Salvador, a Roberto Alban Galeria inaugura no dia 18 de abril a sua nova sede em um espaço de 1.500 metros quadrados, especialmente projetado para receber exposições de arte contemporânea, com um salão principal com pé-direito de oito metros de altura e terraço ao ar livre. A exposição inaugural “Aproximações contemporâneas” reúne pinturas, esculturas, objetos e fotografias, em um total de 18 trabalhos, dos artistas Alexandre Mury, Elizabeth Jobim, Gabriela Machado, Luiz Hermano, Maria Lynch, Paulo Whitaker, Raul Mourão, Vinícius S. A. e Willyams Martins.

“Aproximações contemporâneas” reflete a ação da galeria em fazer de seu espaço um polo de arte contemporânea brasileira, com a circulação de obras de artistas de várias cidades do país e também da produção baiana. De São Paulo, virão as pinturas sobre papel de Paulo Whitaker (1958) e os objetos escultóricos do cearense Luiz Hermano (1954). Estarão na exposição as pinturas das cariocas Elizabeth Jobim (1957), Maria Lynch (1984), e da catarinense radicada no Rio Gabriela Machado (1960), as esculturas cinéticas de Raul Mourão (1967), artista que se divide entre Rio e Nova York, e as fotografias de Alexandre Mury (1976). De Salvador, estão os objetos de Vinícius S. A. (1983) e as colagens de Willyams Martins.

Paulo Venancio Filho, filósofo e professor da Escola de Belas Artes da UFRJ, escreve no texto do catálogo da exposição “a contemporaneidade artística brasileira cada vez mais é caracterizada pela diversidade, multiplicidade e heterogeneidade, resultado do recente e crescente processo de expansão das linguagens artísticas que entre nós já constitui uma tradição própria que nos distingue no contexto global”.

ARTISTAS E OBRAS Alexandre Mury mostra as fotografias “Dr Gachet” e “Cristo Redentor”, ambas de 2011, dentro de sua poética em que insere sua própria figura em obras icônicas. “Meu interesse está no prazer em experimentar a arte. A minha poética está no gesto, não é só minha figura, como modelo, que faz parte da performance. A minha arte está na minha entrega de corpo e alma.”

Elizabeth Jobim apresenta duas pinturas em óleo sobre tela, com o título “Mineral”, de 2012. “Meu trabalho vem desse momento de olhar as coisas, de como as vemos, mas também de como construímos nossa visão por uma espécie de geometria que organiza nossa percepção da espacialidade das coisas e do mundo.”

De Gabriela Machado estão “Chocalho II” e “Chocalho III”, duas pinturas em grande formato, 2m x 1,68m, de 2012, em acrílica sobre linho. “Meu trabalho hoje se caracteriza pelo uso de uma tinta que surge, muito óleo, como se estivesse construindo um caminho através da fluidez, constantemente. Como na natureza, parece que tudo se repete e multiplica e assim se renova. Às vezes eu acho que a tela está viva. São pinceladas que se embrulham e criam uma espécie de buquê esfarrapado, uma tinta muito fresca, que parece respirar. As cores em meu trabalho vibram e, ao mesmo tempo que agregam, se soltam. É tudo um processo contínuo.”

Luiz Hermano mostra duas esculturas de parede, feitas em 2012: “Trapézio”, com resina cromada e arame, e “Oitavos”, com capacitores, arame e resina. “O processo de trabalho de Hermano é análogo ao do garimpeiro, que extrai de um volume enorme de terra ou quinquilharias o que há de mais precioso e raro. Como se fosse necessário peneirar montanhas inteiras para encontrar diamantes ou fuçar nas profundezas do mangue até alcançar os caranguejos. Entretanto, o valor de seu trabalho obviamente não está no material ordinário empregado, mas na rede ambígua de relações e formas em que natural e artificial ou artesanal e industrial não se opõem claramente”, escreve o filósofo e crítico Cauê Alves.

Maria Lynch apresenta as pinturas em grande formato “Aposta” e “Arqueologia”, em óleo e acrílica sobre tela, feitas em 2012. “A partir do excesso em torno do feminino e do universo lúdico, extermino qualquer traço do mundo masculino, que é uma maneira de evidenciar sua presença perante tal ausência. A angústia e a ansiedade nunca são resolvidas, essas são as áreas onde o meu trabalho são instauradas, há uma repulsa à realidade. Recrio uma ficção, uma alegoria, um excesso junto a fragmentos do imaginário. O apagamento da identidade do feminino é mais que a vontade de não estar presente no mundo, e sim o de escondê-lo. Assim restituo um certo mundo, sublimando o real numa lógica particular. Abstrato e erótico, entre o gozo e a culpa, nesses paradoxos, vou encontrando liberdade para a imanência, para a celebração do delírio, da catarse onírica e a diferença imagética.”

Paulo Whitaker mostra as pinturas “Disco Inferno” e “Sem Título”, em técnica mista sobre papel, produzidas em 2012. “O uso rasgado da cor é novo. Minha paleta sempre havia sido muito limitada para evitar a sedução através das cores. Agora abuso de uma enorme possibilidade de cores estranhas. O processo está todo muito evidente, o modo grosseiro de usar o estêncil dá a chance de se perceber as fases da pintura, o momento exato onde e quando cada decisão foi tomada. Tinta úmida, tinta seca, justaposição, sobreposição. O resultado agora é menos gráfico, mais pictórico, menos silencioso, mais afirmativo. Tudo isto numa tentativa deixar o trabalho fresco, criando novos problemas para serem resolvidos. Tenho pensado e trabalhado também as formas e as construções; mais elaboradas, mais intrincadas. Para depois um dia poder andar para trás novamente. Limpar, simplificar. Minha pintura não é antropofágica, não procura simulacros, não tem ligação com as novas mídias, não é autorreferente, não busca relações de gêneros e não é pintura de ação.”

Raul Mourão está representado pelas esculturas cinéticas 66’51’’+ 52’25”, de 2010, e “Sem título”, de 2011, ambas em aço 1020 com resina sintética. “No início, como se estivesse numa casa desconhecida, existe o receio de tocar em algo que vai quebrar ou a preocupação em tirar um móvel do lugar. Mas a partir do momento em que você mexe em uma das bordas, a casa em descanso nunca mais irá parar. Pois é impossível não ceder à tentação de acionar o vai e vem preguiçoso e gracioso desses objetos. Testar o peso que é leve e dar movimento ao inanimado. O aço bruto se recobre de sensualidade e sua inesperada leveza transforma-se em uma ginga, um ir e vir acolhedor e descontraído. Assim, como você, os visitantes irão tocar em tudo, até cada escultura cessar seu movimento e voltar ao escuro inerte da sala fechada.”

As obras de Vinícius S. A. na exposição são “Sorria, você está sendo filmado II”, em aço inox, vidro, fotografia digital, acrylon e silicone, e “Panoptico”, em ferro, vidro, fotografia digital, tecido, acrylon e silicone, ambas de 2013. “Proponho um trabalho onde o espectador possa penetrar, envolver-se espacialmente na obra, interagindo e fruindo arte.”

De Willyams Martins estão na mostra as obras “Campo Grande I” e “Campo Grande II”, ambos em tecido voal e resina de poliéster, aplicados sobre superfície mural, feitos em 2013. “O conceito de peles grafitadas é um procedimento que realizo para remover imagens originárias dos muros. É um escalpo, um pastiche, mas ao mesmo tempo uma técnica que utilizo para deslocar a pele tatuada da cidade agora em outro contexto, podendo ser vista de perto, onde as transformo em uma teia polissêmica de significados.”

ROBERTO ALBAN GALERIA Fundada em 1989 no bairro da Graça em Salvador, a nova sede de Ro¬berto Alban Galeria, em Ondina, está instalada em um espaço de 1.500 metros quadrados, especialmente projetado pelo escritório de arquitetura Foguel, Reis e Sá para receber exposições de arte contemporânea, com um salão principal com pé-direito de oito metros de altura e terraço ao ar livre.

A Roberto Alban Galeria representa importantes nomes da arte contem¬porânea brasileira como Raul Mourão, Maria Linch, Elizabe¬th Jobim, Gabriela Machado, Paulo Whitaker, Luiz Hermano, Alexandre Mury, Alvaro Seixas, Rodrigo Sassi, Liliane Dardot, Marcius Kaoru, Fernando Lucchesi e os baianos Vinicius S. A. e Willyams Martins.

A Galeria oferece ainda aos seus clientes um acervo de obras de artistas como Cris¬tina Canalle, Frans Krajcberg, José Bento, Luis Tomasello, Marcelo Solá, Mario Cravo Neto, Pierre Verger, Renata Egreja, Sebastião Salgado, Vik Muniz, Voltaire Fraga e Waltercio Caldas.

SERVIÇO: Roberto Alban Galeria de Arte
Abertura: 18 de abril de 2013, às 20h
Até 01 de junho de 2013
Segunda a sexta, das 10h às 13h, e das 14h às 19h
Sábados. das 10h às13h
Entrada franca
Rua Senta Pua, 01, Ondina, Salvador
Cep 40170.180 – Bahia, Brasil
55 71 3241.3509 | 3326.5633 | 9981.8305
www.robertoalbangaleria.com.br

Mais informações: CW&A Comunicação
Claudia Noronha / Marcos Noronha / Beatriz Caillaux
Telefone: +55 21 2286 7926 e +55 21 3285 8687
claudia@cwea.com.br / marcos@cwea.com.br /
beatriz@cwea.com.br

×