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José Augusto Ribeiro
A estranheza na obra de Adriana Coppio é construção, surge dos processos de feitura do trabalho, mais que dos motivos que a artista escolhe para figurar. Uma descrição objetiva diria que este é um conjunto de pinturas e desenhos produzidos a partir de imagens prévias de situações, até segunda ordem, prosaicas. Uma parte toma como referência fotografias de álbuns de família, dos retratos de pessoas comuns, dos registros de um dia ou de uma situação especial na vida de crianças e de adultos anônimos ou que têm parentesco com Coppio. Outra parte mira atenção em reproduções feitas pela artista ou, na maioria, selecionadas por ela em meios digitais e impressos de paisagens, de céus e nuvens, de morcegos, aves, de um sapo, uma mariposa, um caramujo, uma árvore, de cactos, de um balão, da fachada de uma casa, da fachada de uma igreja, interiores domésticos, um bibelô...
Mario Gioia
Folhagens que parecem ter rostos em sua configuração. Imagens líquidas de infância, esmaecidas em cinza ou com matéria bruta em destaque.