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Clarissa Diniz
O apaixonante alvoroço de um carnaval acontecido em 2021, em meio à pandemia, inflamou esta exposição. Contudo, o impacto que os poucos e intensos dias tiveram na memória afetiva de Raul Mourão não o incitou a fazer, desta mostra, um espaço-tempo de nostalgia. Como o escultor que é, a experiência carnavalesca entre um pequeno grupo de amigos, vivido em casa e quase que clandestinamente, o arrebatou por confirmar – desde a amizade, a solidariedade e a paixão – um dos princípios estético-políticos da sua obra: a redução como potência.
Frederico Coelho
Desde 2010 Raul Mourão vem trabalhando com esculturas cinéticas. Sua pesquisa sobre materiais e movimentos trouxe uma nova rota estética para sua obra.
Paulo Herkenhoff
Um conjunto heterogêneo de obras de Raul Mourão enlaça o olhar com ironia. Mourão opera com a subtração da regra e formas gentis de sua transgressão. O artista desestabiliza. Tudo será objeto de ironia, do poder ao medo. Cada obra parece querer atuar como um aparelho para a prática dessa perversidade.
Felipe Scovino
A primeira vez que tomei contato com a série Balanços de Raul Mourão foi em setembro do ano passado durante os ensaios da Intrépida Trupe para o espetáculo Projeto: Coleções. Mourão estava começando a experimentar os primeiros trabalhos dessa série (que apesar dele relacioná-las como estudo ou experiência de sucessões, como se cada escultura fosse o projeto ou um esquema para algo “melhor” ou maior, entendia que exatamente esse caráter desafiador, inconstante e molecular da escultura como forma transitória tinha possibilitado ao artista um marco investigativo de alta potência para o seu trabalho) justamente tendo os bailarinos da Companhia como laboratório.
Luiz Camillo Osorio
Tração Animal apresenta um conjunto de obras recentes de Raul Mourão. A escultura sempre foi o seu ofício, mas as imagens e a rua empurravam o fazer escultórico e sua preocupação com o volume e a gravidade para a fluência da vida.